domingo, 30 de novembro de 2014

Famílias da esperança: o portfólio de Deus

Os cristãos e os adventistas em particular são portadores de uma mensagem maravilhosa. Assim como no passado, Deus escolheu um povo especial para levar Sua Palavra ao mundo. Deus os escolheu para anunciar a volta de Jesus e mostrar a todas as pessoas que existe esperança. Mas a felicidade que Jesus promete não precisa começar somente quando Ele voltar. É claro que ela será plena a partir daquela ocasião, mas Jesus pode nos fazer felizes aqui também.

As pessoas que recebem nossa mensagem, como aconteceu no dia do projeto Impacto Esperança, querem ver o poder transformador de Jesus na vida de Seus filhos. E de que forma e em que lugar esse poder pode melhor ser visto? No lar. É no lar que mostramos quem somos de verdade e se Jesus está realmente em nosso coração.

Para alguns, é muito mais fácil vestir um terno, pregar um belo sermão do que tratar amavelmente a esposa e os filhos. Mas note o que escreveu Paulo em 1 Timóteo 3:5: “Se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” 

Palavras que não são acompanhadas de exemplo não têm poder nenhum. Tornam-se mentira. “Cumpre ao pai fortalecer na família as austeras virtudes – energia, integridade, honestidade, paciência, ânimo, diligência e utilidade prática. E o que exige de seus filhos deve ele mesmo praticar, ilustrando essas virtudes na própria conduta varonil” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 391). Como posso falar do poder de Cristo se não o experimento em minha vida? As famílias são o portfólio de Deus.

É muito importante conhecer as doutrinas bíblicas – o sábado, o estado do ser humano na morte, o santuário celestial. Tudo isso é essencial para conhecer o caráter de Deus e a vontade dEle para nossa vida. Mas de que adianta conhecer teologia e ter um verdadeiro “inferno” no lar? “O lar deve ser um lugar onde o contentamento, a cortesia e o amor façam habitação; onde moram essas graças, aí residem a paz e felicidade. Podem invadi-lo as aflições, mas isso é a situação da humanidade. Que a paciência, a gratidão e o amor mantenham no coração a luz solar, seja embora o dia sempre nublado. Em tais lares os anjos de Deus habitam” (Ibidem, p. 393).

O mundo está carente de vivenciar o verdadeiro amor. Temos disso para oferecer? É muito triste saber que entre os cristãos há casais que meramente se suportam; que “vão levando”; que apenas mantêm as aparências, enquanto alimentam ressentimentos. O carinho e a cortesia são lembranças de um tempo que não mais existe – como se tivessem se tornado pessoas estranhas, que não mais se conhecem.

Como isso foi acontecer? A frieza e a indiferença não aparecem de um dia para o outro. A pessoa não vai dormir amando e, no outro dia, quando acorda, descobre que não ama mais. Não é assim que funciona. Da mesma maneira como o amor deve ser diariamente cultivado, o contrário também acontece. A “chama”, se não alimentada, vai se apagando aos poucos.

Precisamos hoje aproveitar a oportunidade que Deus nos está dando e mudar o que precisa ser mudado. Precisamos ouvir a voz de Deus e deixar que Ele nos mostre se temos falhado em algum ponto. Lembre-se: para Deus, nada é impossível! Mas você tem que querer. Analise o seguinte:

1. Os namorados não medem esforços para estar juntos. No casamento, por quantas coisas os cônjuges se privam da companhia um do outro? O que é mais importante: trabalho, futebol, amigos, internet, evangelismo? (Claro que não devemos perder a individualidade, mas escolher tornar-se “uma só carne” também interfere nisso, mas com prazer!) Quanto mais você ficar longe do(a) cônjuge, mais se distanciará e menos vontade terá de estar com ele/ela. Cada um passa a ter seu universo particular e aos poucos o relacionamento se torna jugo desigual. Por isso, faça sua parte. Mesmo que venham a tentação e a pressão, não troque a companhia de seu/sua cônjuge por outras atividades.

2. No namoro, fala-se com delicadeza e usam-se palavras de apreço e admiração. E no casamento? Muitas vezes o que prevalece é a rispidez e a crítica. O que fazer? Ter sempre palavras corteses e admirar o(a) cônjuge. Precisamos nos sentir valorizados e respeitados. Isso mexe com nossa autoestima e com a dignidade própria.

3. No namoro, quando se está apaixonado, acha-se lindo aquele “narizinho”, os cabelos, a voz... Só temos olhos para a pessoa amada e não há espaço para uma amizade especial com alguém do sexo oposto. Quando a relação conjugal não vai bem, abre-se a oportunidade para a admiração indevida de outras pessoas. Comparações impróprias começam a ser feitas e o caminho da ruína surge diante da pessoa. Esse é um grande perigo! A carência emocional e os laços de amizade com alguém do sexo oposto podem ser usados pelo inimigo de Deus para confundir os sentimentos e abrir a porta ao adultério. Portanto, nunca permita que alguém seja mais amigo(a) do(a) seu/sua cônjuge do que você. Seu coração deve estar ligado ao dele/dela. E se você perceber que está tendo muita afinidade com alguém, que o assunto não acaba mais... corte logo isso! Não deixe ninguém se intrometer em seu casamento e roubar sua afeição. 

Ellen White aconselha: “Estudem, o marido e a esposa, a felicidade mútua, nunca faltando as pequeninas cortesias e pequenos atos de bondade que alegram e iluminam a vida. Entre o marido e a esposa deve existir perfeita confiança” (Ibidem). Precisamos proteger nosso lar e pedir que Deus nos ajude a ter sabedoria e prudência.

Outro antídoto para a desesperança e a desarmonia no lar é o culto familiar. “Pais e mães, por mais prementes que sejam vossos afazeres, não deixeis de reunir vossa família em torno do altar de Deus. Pedi a guarda dos santos anjos em vosso lar. Lembrai-vos de que vossos queridos estão sujeitos a tentações. Aborrecimentos diários juncam a estrada tanto dos jovens como dos mais idosos. Os que querem viver vida paciente, amorável e satisfeita, devem orar. Somente obtendo constante auxílio de Deus podemos alcançar a vitória sobre o eu” (Ibidem). 

A presença de Jesus pode mudar qualquer situação. Ele restaura os corações e nos dá o verdadeiro amor. Deus planejou a família porque é o melhor plano para nos fazer felizes. Se você for feliz no lar, será feliz no trabalho, na igreja, na sociedade. Estará apto a ter o amor de Deus e levar esperança ao mundo.

Débora Borges

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Um coração sem sequelas





Grandes coisas Deus pode fazer na sua vida, basta você deixar....
Chame-O agora mesmo!! e Ele poderá te curar, te restaurar, restaurar a tua família, por em ordem a tua casa.....
Deus fará nova todas as coisas que são iguais.... Ele poderá  limpar do seu coração toda mágoa, toda a dor, curar as tuas feridas, feridas feitas por seres humanos, feridas feitas pela vida.... Chame-O agora mesmo!! e Ele poderá salvá-la da dor que te persegue dia e noite, que tira a tua paz, que te faz desistir, que te afasta das pessoas que te amam....Chame-O agora mesmo!!! e será como um bálsamo para o teu coração... Chame-O agora mesmo!!! e Ele te levantará  e te sustentará.... te guiará  no teu caminho ..... te fortalecerá.... Ele irá renovar as tuas forças.... e te fazer como a águia, por que você não foi  feita para andar, mas sim para voar!!! Olhe para Deus como a fonte de tudo o que você quer para  a sua vida e não se preocupe sobre como isso irá acontecer. Deixe  nas mãos dEle.
Lembre-se!! você não precisa ter o controle de tudo, nem ser perfeita pois o Senhor está no controle e Ele é perfeito e isso nos basta!!!
Não desista Chame-O agora mesmo!!!!!!


terça-feira, 16 de abril de 2013

UM REINO DENTRO DE NÓS





 Jesus implodiu a maneira de pensar e de viver dos homens não tinha medo de ser morto e nenhum receio de dizer o que pensava.
   Jesus perturbava de tal forma os intelectuais de Israel, que causava insônia em quase todos. Seus pensamentos e sua maneira de ser se confrontavam com os deles.
   Testaram sua capacidade de pensar, sua integridade, sua perspicácia, seu conhecimento sobre as Escrituras antigas, sua relação com a nação de Israel e com a política romana.
   Jesus causou tanta indignação aos seus opositores que produziu alguns fenômenos políticos quase impensáveis. Homens de partidos radicalmente opostos se uniram para destruí-lo.
   Aquele homem simples da Galileia foi considerado uma grande ameaça á nação de Israel, ameaça maior do que a que representava o poderoso Império Romano. A cúpula tinha medo de que Jesus contaminasse a nação com suas idéias. de fato, havia razão para temê-lo, pois sua idéias eram contagiantes.
   Mas Jesus era especialista em lidar com as sua próprias emoções. Quando nós somos submetidos ao um estresse intenso, o corpo reage e a mente se retrai, travamos nossa capacidade de pensar.
   Jesus possuía uma sabedoria incomum. O ambiente ameaçador não o perturbava. Nas situações mais tensas, em vez de travar a memória e agir por instinto, ele abria o leque de seus pensamentos e conseguia dar respostas brilhantes e imediatas.
   Jesus não queria o trono político. Almejava o trono de dentro de cada pessoa. Afirmava que Deus, embora eterno, invisível e onipotente, queria instalar o seu reino no espírito humano.
      Não é estranho esse desejo? Embora haja tanto espaço no Universo para o Todo-Poderoso recostar sua "cabeça", o carpinteiro de Nazaré procura sua morada no ser humano, mesmo sendo este saturado de defeitos.
   Os fariseus e os herodianos queriam, com seu radicalismo, matar aquele dócil homem.
   Toda a pessoa radical é incapaz de fazer uma leitura da memória e extrair informações que lhe permitam pensar em outras possibilidades além daquelas às quais rigidamente se apega.
   A rigidez é o câncer da alma. Ela não apenas fere os outros, mas pode se tornar a mais drástica ferramenta autodestrutiva, e destruir a esperança.
   As pessoas que acham que seu problema não tem solução criam uma barreira intransponível dentro de si mesmas.
   Não importa o tamanho do nosso problema, mas a maneira como o vemos e o enfrentamos.
   A esperança e a capacidade de nos colocarmos como aprendizes diante da vida são os critérios fundamentais do sucesso. Jesus estava querendo produzir seres livres, sempre dispostos a aprender e cheios de esperança.
   Nas situações mais tensas, ele não se embaraçava nem se preocupava em ter reações imediatas. Pensava antes de agir e não reagia antes de pensar.
   Grande parte dos nossos problemas surge porque reagimos antes de pensar. Nas situações mais tensas, reagimos com impulsividade, e não com inteligência. Sentimos a obrigação de dar respostas imediatas diante das dificuldades que enfrentamos. Travamos nossa capacidade de pensar pela necessidade paranoica de dar respostas socialmente adequadas, pois temos medo de passarmos por tolos ou omissos se não respondermos de acordo com as expectativas alheias.
   Precisamos aprender a proteger nossas emoções quando formos ofendidos, agredidos, pressionados, coagidos ou rejeitados.
   Somente alguém que é livre por dentro não é escravo de respostas.
   Quem gravita em torno dos problemas e não aprende a olhar pra dentro de si mesmo para pensar antes de reagir faz das pequenas barreiras obstáculos intransponíveis, das pequenas decepções, um mar de sofrimento.
   Precisamos aprender com Jesus a ser navegantes em nosso próprio ser e a não ter medo de pensar.
   Seja feliz.....!!

segunda-feira, 18 de março de 2013

ELAS Merecem!




ELAS Merecem!
“Toda mulher foi esculpida pra sentir-se única, mesmo fazendo o papel de várias”
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Um dia entenderei como funciona a mente feminina, mas enquanto este dia não chega o negócio é admirá-la. Como pode? Deve existir algum dispositivo clonado da divindade dando a elas a capacidade da “pluralidade proativa de percepção pragmática do cotidiano”. (Captou? Queria filosofar um pouco…!) Aterrissando do devaneio, simplesmente é incrível como elas conseguem fazer um montão de coisas tudo ao mesmo tempo. Já percebeu? Discretas e poderosas as mulheres destilam tamanha habilidade de ações múltiplas que nos reduzem a meros mortais admiradores de sua força ateniense embrulhada em dons inquestionáveis. Elas conseguem, nós não!
Hoje acordei com vontade de honrar esta qualidade ímpar na minha esposa, que desfila soberana na passarela do meu mundo. Ao homenageá-la extasiado, repouso em paz na possibilidade justa de estender este reconhecimento a tantas outras por aí. (Podem se incluir, vocês merecem!) Pois acredito, cada vez mais, que toda mulher foi beijada por Deus pra sustentar em seu corpo de titânio responsabilidades tão imensas quanto incríveis: ser bela, ser mãe, ser forte, segura, companheira, divertida, educadora, profissional, caseira, decidida, prevenida e a lista seguiria implacável até a costa da Malásia. Mulher é um universo de nuances indecifráveis digna de uma obra de arte.
Escrevo enquanto minha heroína dorme – um sono profundo pelo cansaço, e supérfluo pelo estado de alerta. Desde que virei pai-coruja minha mulher se tornou mãe-absoluta. Malcolm Montgomery disse: “o nascimento da mãe é o mais importante” (Mulher, o Negro do Mundo, p. 155), por isso, quando a maternidade chega, o mecanismo feminino de sobrevivência sofre alterações instintivas inacreditáveis. Elas conseguem dar banho sem tomar banho, podem alimentar se alimentando, decifram um choro indecifrável, trabalham fora protegendo dentro, e ainda, como não bastasse, cuidam de si cuidando de nós, maridos, que não cuidamos de nós mesmos. “Agora embalo dois!” – ela disse uma vez, empurrando-me profundezas abaixo pra notar seu heroísmo. Não adianta, faço tudo pra ajudar, mesmo assim, às vezes atrapalho mais do que ajudo. É quando, num passe de mágica, ela se reveste de força sobre-humana pra dar conta do recado.
Outro dia, vivi a radiografia de um instante único: minha super-mulher tinha um olho no fogão com a papinha cozinhando, outro olho no bebê que espancava a mesa plástica, uma mão no controle remoto zapeando pro canal infantil, outra mão pra mamadeira de água rolando pelo chão, enquanto um pé puxava a cadeirinha infantil, outro pé fechava a porta do armário, ouvia pelo viva-voz a avó no celular, e ainda conseguia me enviar um “daqueles” sorrisos capazes de me fazer o homem mais bem-vindo do planeta ao voltar pra casa. Petrificado, encostei na parede tentando entender, encabulado: “como pode? Ela é humana, ou uma alienígena com poderes cósmicos?” Foi quando me despertou, saudando: “oi, amor! Chegou?! Beijo!” – ali estava a verdadeira rainha me obrigando a me prostrar em seu palácio real.
Mulheres. Ah! Como ganharíamos mais se perdêssemos mais. Explico melhor: se perdêssemos nossa indiferença, largássemos nossa pretensa onipotência e deixássemos pra trás nosso machismo arrogante, veríamos quanto valor existe nesta pessoa de garra polivalente e curvas estonteantes. Elas merecem nosso encantamento insistente, e deviam ser cortejadas feito misses – ainda mais, se coroadas pela maternidade. O que conseguem fazer simultaneamente é pra ocuparem o Guinness Book da capa à contracapa. Seus sentidos são bélicos: escutam ruídos ininteligíveis, o silêncio é um grito de alerta, distinguem o choro certo no meio de outros mil, sentem cheiros há quartos de distância e agem à velocidade da luz no perigo iminente. Tá louco!Uma mãe é um soldado de elite alvejando todos os alvos com extrema precisão.
Semana passada, voltei pra casa após quinze dias viajando. Doido de saudade da eterna-amiga-parceira, além dos souvenirs de sempre, presenteei-lhe com um “passe livre” de 90 minutos pra ela fazer seu exercício preferido correndo no parque. Ouvi uma sabatina de orientações e não gravei nenhuma. “Sou pai de uma filha maravilhosa. Dou conta do recado!” pensei prepotente. O que ocorreu, a seguir, foi a maior ginástica da minha vida. Duas semanas longe, e minha filhinha se transformara numa alucinante bola de basquete elétrica com energia descontrolada que nem Itaipu daria conta. Enquanto eu tirava meus blue-rays da banheira lá do quarto, reunia os controles do Wii “tele-transportados” pras panelas da cozinha. Os imãs de geladeira “fugiram” até o armário de azeite de oliva, e resgatei um sapato meu de dentro do vaso sanitário, que esqueci aberto – por não ter escutado a sabatina maternal. Dando água na mamadeira, já tinha que abrir o biscoito de maisena, foi quando notei o rastro no tapete da outra fralda cheia, misturado às migalhas de pão espalhadas em toda minha mala recém-aberta. Lembrei, tarde demais, que o chuveiro pro banho prometido continuava aberto e, ao pisar afobado no chão encharcado, ensopei minhas meias novas, e a barra da calça. Um barulho na sala espatifava outra cadeira no chão e, ao chegar, meu passaporte já estava na mesma boca desdentada cujos dedinhos espremiam meus óculos puxados da mesa. O celular sinalizava o chefe chamando, enquanto a TV “milagrosamente” ligou no volume máximo. Tropecei numa caneca que “escapou” pro meio do corredor, e já não dava mais pra impedir o “ser extraordinário” espremendo creme de barbear fuçado na bolsa de higiene. A incompetência do pai disparou nela o choro de saudade da mãe – foi quando caí na risada, tentando controlar o desespero de ser completamente tosco. Neste instante a porta abriu, e só me lembro de ter escutado “amor, e aí, como foi?”, pra cair exausto semi-acordado no tapete…, junto daquela fralda. (Tá rindo porque não foi você!)
Homens, ELAS merecem. E como merecem! Sempre mais do que temos reconhecido do lado de cá da nossa previsível civilização masculina, e nunca menos do que nossa humildade em apreciar as virtudes inimitáveis delas. Dar conta do recado é obra de especialistas dignas de remuneração milionária – ou, pelo menos, da mais alta compreensão da nossa parte quando os nervos ficam à flor da pele. Equalizar tantas cobranças da maternidade, dedicar-se à profissão de educar sério, administrar um corpo lindo colapsado pela gravidez, e ainda dar atenção a um marido-coruja que só faz uma coisa de cada vez, tudo isso – e muito mais – é a validação inquestionável do poder feminino que move o mundo. “Mulher virtuosa, quem a achará? (…) Ela lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida” (Provérbios 31:10 e 12). Esta versatilidade camaleônica é prova irrefutável do tremendo plano exclusivo de Deus para uma mulher, mãe e esposa. Ela não pode vacilar diante das assombrações do dia-dia – nem ousar desacreditar no espetacular projeto de eternidade desenhado pelo Criador.
Enquanto isso, nós, pais-corujas, temos a obrigação de sermos machos o suficiente para proteger e defender nossa fêmea-multi-tarefas, e homens o bastante pra revestir de carinho a companheira preciosa que o Céu nos ofertou. Sei que temos muitas outras qualidades masculinas incomparáveis, mas fazer tudo ao mesmo tempo pra todos e em todos os lugares, me perdoem, isso é habilidade exclusiva delas. Agora, podemos aprender? Ô, se não… Claro que sim! Não é humilhante um pai querer ser um pouco melhor como mãe, nem vergonhoso um marido desenvolver a flexibilidade de uma esposa. Na estrada dos relacionamentos, todos nós crescemos amadurecendo juntos.
Muitas mulheres procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas” (Provérbios 31:29). Cada mulher foi esculpida para sentir-se única, mesmo fazendo o papel de várias. Sábios são aqueles que valorizam isso! Quando a pressão da luta pela vida invadir o coração masculino, espremendo nossa sensibilidade romântica contra um muro de compromissos, agendas e negócios, temos de ver que do “lado pink” também tem sangue, suor e lágrimas. Elas foram feitas completas porque estávamos incompletos, e achadas porque ficaríamos perdidos. “Disse o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Genesis 2:18).O Criador foi tão perfeito que pôs no homem a força de fazer bem uma coisa por vez, e fez dela a auxiliadora insubstituível pra tudo mais ser feito também.
Fica aqui meu conselho de “marido-coruja”: se ela merece, e você reconhece, deixe-a saber! Sob o avental de guerra ela precisa receber um elogio de paz. Os respingos de comida salpicados na roupa justificam um abraço carinhoso daquele “que sabe que não sabe”. Chegamos cansados do trabalho, eu sei, mas elasficaram cansando no outro trabalho: ser mãe, ser tudo, ser sempre. E estes seres que mereceriam o Olimpo estão ali dividindo nosso mesmo lar. Sem dúvida, vale a pena engrandecer quem faz por merecer.
E ELAS merecem!

PaiCoruja.eu

quinta-feira, 14 de março de 2013

Padrão Inatingível de Beleza

     As mulheres, sem o saber, foram colocadas num campo de concentração ditatorial. Toda vez que uma mulher está diante da imagem de uma modelo supermagra apontada como exemplar consagrado de beleza nas revistas, jornais, TV, cinema, essa imagem é arquivada automaticamente no inconsciente.Essas imagens uma vez gravadas , mesmo que elas não queiram ou percebam, formando um padrão de beleza, que assassina a auto-estima e a auto-imagem.
     Quando as mulheres estão diante do espelho, a imagem real refletida detona o gatilho que abre janelas em nossa mente com o padrão doentio de beleza.
     Então vem o choque. Elas começam a se angustiar e a rejeitar certas partes do corpo, pois a imagem que é refletida é diferente da imagem escravizadora do inconsciente.O resultado é que centenas de milhões de mulheres se tornam infelizes e frustradas. 
     Uma mulher observa imagens das modelos cujos corpos são diferentes do seu. Essas modelos usam roupas, jóias, sapatos, xampus, celulares e perfumes que ela gostaria de adquirir. A mulher registra não apenas os objetos do desejo mas a imagem das modelos também.Essa imagem estimula a busca paranóica pelo padrão inatingível de beleza que expande a ansiedade, que por sua vez é projetada na necessidade de consumir o objeto. Este processo gera o consumismo.
     Nas crianças e nas adolescentes , o padrão doentio de beleza afeta as áreas mais importantes da personalidade. Desde cedo elas deixam de se sentir belas, atraentes, e passam a ser controladas pelo desejo asfixiante de serem o que não são. Crianças e adolescentes, inclusive os garotos, querem consumir cada vez mais para tentar tampar o buraco emocional que o sistema predador abriu. Eles nunca mais olharão para si mesmos com singeleza, suavidade, encanto.
     Além do padrão de beleza fora do comum, a computação gráfica tira todos os "defeitos" que possuem, como manchas, sardas, pintas, verrugas, estrias, celulite, contribuindo ainda mais para um padrão tirânico de beleza.
     O esterótipo de beleza gera um câncer emocional.
     A vaidade da mulher não deveria ser abolida, mas refinada, lapidada como um diamante. Elas deveriam ir aos salões de beleza não para ficarem bonitas, mas para ficarem mais bonitas, porque já são belas e encantadoras com o corpo que têm, com a graça que possuem.
     Cuidar da beleza e procurar se sentir atraente é um sinal de vida na mulher, um reflexo de sua saúde psíquica, pois sem entusiasmo pela existência a vida seria um tédio, um convite à depressão. No entanto, a vaidade compulsiva, o gravitar na órbita do corpo, rejeitá-lo e invejar a beleza que não se possui é um sinal de adoecimento psíquico.
     A beleza está nos olhos de quem observa. Quem se vê bela,  será bela, ainda que esteja fora do padrão neurótico de beleza.
     


     Precisamos fazer uma revolução inteligente  e serena contra essa dramática ditadura.Começando por nós mesmas , um grande abraço!!

Trechos do livro A ditadura da beleza.