
Jesus implodiu a maneira de pensar e de viver dos homens não tinha medo de ser morto e nenhum receio de dizer o que pensava.
Jesus perturbava de tal forma os intelectuais de Israel, que causava insônia em quase todos. Seus pensamentos e sua maneira de ser se confrontavam com os deles.
Testaram sua capacidade de pensar, sua integridade, sua perspicácia, seu conhecimento sobre as Escrituras antigas, sua relação com a nação de Israel e com a política romana.
Jesus causou tanta indignação aos seus opositores que produziu alguns fenômenos políticos quase impensáveis. Homens de partidos radicalmente opostos se uniram para destruí-lo.
Aquele homem simples da Galileia foi considerado uma grande ameaça á nação de Israel, ameaça maior do que a que representava o poderoso Império Romano. A cúpula tinha medo de que Jesus contaminasse a nação com suas idéias. de fato, havia razão para temê-lo, pois sua idéias eram contagiantes.
Mas Jesus era especialista em lidar com as sua próprias emoções. Quando nós somos submetidos ao um estresse intenso, o corpo reage e a mente se retrai, travamos nossa capacidade de pensar.
Jesus possuía uma sabedoria incomum. O ambiente ameaçador não o perturbava. Nas situações mais tensas, em vez de travar a memória e agir por instinto, ele abria o leque de seus pensamentos e conseguia dar respostas brilhantes e imediatas.
Jesus não queria o trono político. Almejava o trono de dentro de cada pessoa. Afirmava que Deus, embora eterno, invisível e onipotente, queria instalar o seu reino no espírito humano.
Não é estranho esse desejo? Embora haja tanto espaço no Universo para o Todo-Poderoso recostar sua "cabeça", o carpinteiro de Nazaré procura sua morada no ser humano, mesmo sendo este saturado de defeitos.
Os fariseus e os herodianos queriam, com seu radicalismo, matar aquele dócil homem.
Toda a pessoa radical é incapaz de fazer uma leitura da memória e extrair informações que lhe permitam pensar em outras possibilidades além daquelas às quais rigidamente se apega.
A rigidez é o câncer da alma. Ela não apenas fere os outros, mas pode se tornar a mais drástica ferramenta autodestrutiva, e destruir a esperança.
As pessoas que acham que seu problema não tem solução criam uma barreira intransponível dentro de si mesmas.
Não importa o tamanho do nosso problema, mas a maneira como o vemos e o enfrentamos.
A esperança e a capacidade de nos colocarmos como aprendizes diante da vida são os critérios fundamentais do sucesso. Jesus estava querendo produzir seres livres, sempre dispostos a aprender e cheios de esperança.
Nas situações mais tensas, ele não se embaraçava nem se preocupava em ter reações imediatas. Pensava antes de agir e não reagia antes de pensar.
Grande parte dos nossos problemas surge porque reagimos antes de pensar. Nas situações mais tensas, reagimos com impulsividade, e não com inteligência. Sentimos a obrigação de dar respostas imediatas diante das dificuldades que enfrentamos. Travamos nossa capacidade de pensar pela necessidade paranoica de dar respostas socialmente adequadas, pois temos medo de passarmos por tolos ou omissos se não respondermos de acordo com as expectativas alheias.
Precisamos aprender a proteger nossas emoções quando formos ofendidos, agredidos, pressionados, coagidos ou rejeitados.
Somente alguém que é livre por dentro não é escravo de respostas.
Quem gravita em torno dos problemas e não aprende a olhar pra dentro de si mesmo para pensar antes de reagir faz das pequenas barreiras obstáculos intransponíveis, das pequenas decepções, um mar de sofrimento.
Precisamos aprender com Jesus a ser navegantes em nosso próprio ser e a não ter medo de pensar.
Seja feliz.....!!